A Comissão de Gestão Ambiental do Ministério Público do Maranhão visitou na manhã desta quarta-feira, 15, a sede da Apae do Município de Raposa. Coordenados pela presidente da Comissão, a procuradora de justiça, Mariléa Campos dos Santos Costa, os integrantes do grupo entregaram à entidade garrafas de vidro a serem utilizadas em projeto que reúne produção de artesanato a partir de material reciclado para geração de renda.
Com doações da comunidade da Raposa, as próprias pessoas com deficiência produzem itens, como pufes, garrafas decorativas, cobridores de alimentos, entre outros utensílios domésticos, que são comercializados todos os sábados na Associação, localizada na Avenida Principal do município.
A presidente e o vice-presidente da Apae Raposa, respectivamente, Josy Miranda e Paulo Júnior, receberam as doações e agradeceram ao Ministério Público em nome das mães e pais de pessoas com deficiência atendidas pela entidade. Eles informaram que o material já produzido resultou do trabalho de limpeza do mangue, no qual foram coletados resíduos como pneus, cascas de caranguejo, sururu e ostras.
“Nós trabalhamos as questões de sustentabilidade, educação ambiental e geração de renda, tudo isso feito com pessoas com deficiência e as mães delas. Eles demonstraram muita sensibilidade em proporcionar a limpeza de um ambiente que é de todos”, destacou Josy Miranda.
Para a presidente da Comissão de Gestão Ambiental, é elogiável o trabalho da Apae Raposa por agregar consciência ambiental, sensibilidade social e geração de renda. “Vimos com muita alegria como se transforma lixo em renda para pessoas que necessitam. Da parte da Comissão, o que esperamos é ampliar nossas ações em defesa da preservação ambiental”, ressaltou.
AÇÕES DA APAE RAPOSA
No total, a Apae Raposa atende a 872 famílias do município, cujos filhos apresentam algum tipo de deficiência. Segundo a presidente, atualmente o atendimento está concentrado em ações assistenciais, entre as quais a retirada de documentos, já que ainda não foram concretizados convênios com as Secretarias Municipais de Saúde e Educação para a prestação de serviços nessas áreas. “As crianças que têm necessidades mais urgentes nós as levamos para atendimento em São Luís. Ainda neste ano, pretendemos concluir os convênios para oferecer atendimento aqui mesmo”, informou.
Por meio de mutirões, com participação voluntária de médicos e outros profissionais da saúde, são oferecidos atendimentos de maneira eventual.
Redação: José Luís Diniz (CCOM-MPMA)
Fotos: André Soares (CCOM-MPMA)