Em conjunto com a Universidade Ceuma, a 3ª Promotoria de Justiça de Defesa da Mulher de São Luís deu início nesta terça-feira, 17, no auditório das Promotorias de Justiça da Capital, a mais uma edição do Grupo Reflexivo para Homens. Este grupo é o primeiro formado pela parceria entre o Ministério Público e a instituição de ensino em 2024. São 20 integrantes que cumprem medidas protetivas e irão participar de 10 encontros, sendo um por semana.
A coordenação das atividades ficará por conta do curso de Psicologia da Universidade Ceuma. No início dos trabalhos, a psicóloga Cinthia Urbano explicou a metodologia do projeto e pediu aos participantes que se apresentassem e falassem de suas expectativas.
O grupo reflexivo está previsto na Lei Maria da Penha, que estabelece, em casos de violência doméstica contra a mulher, que a justiça determine o comparecimento obrigatório do agressor a programas de recuperação e reeducação.
Titular da 3ª Promotoria de Justiça de Defesa da Mulher de São Luís, a promotora de justiça Selma Martins, que também é coordenadora do Centro de Apoio Operacional de Enfrentamento à Violência de Gênero (CAO-Mulher), ministrou palestra sobre o tema “Papéis de Gênero”.
Em sua fala, a integrante do Ministério Público destacou que o grupo não pretende condenar ninguém, mas levar a reflexão sobre os motivos que levaram os homens àquela situação, para que encontrem saídas e mudem de atitude.
Selma Martins informou que, desde que o grupo foi criado pelo Ministério Público em 2020, mais de 350 homens já participaram das ações e, até agora, o índice de reincidência é praticamente zero. Ela também citou dados da Organização das Nações Unidas (ONU) que colocam o Brasil em quinto lugar no ranking mundial de feminicídio, que é o crime cometido em razão da condição de gênero feminino. A maioria desses crimes são cometidos por maridos, ex-maridos e namorados das vítimas.
TEMAS
Em cada reunião do grupo reflexivo, é abordada uma temática diferente, sempre sob a condução de profissionais voluntários convidados, como psicólogos, juízes e médicos. São tratados de assuntos como: saúde e defesa do homem; alienação parental; saúde mental; compulsões de todos os tipos; dependência química; direitos humanos para mulheres; Lei Maria da Penha, entre outros.
Redação: CCOM-MPMA