
Com uma série de palestras e apresentações culturais, o mês da mulher foi comemorado na manhã desta sexta-feira, 21, no auditório das Promotorias de Justiça de São José de Ribamar. Membros e servidores do Ministério Público do Maranhão, além de autoridades de outras instituições e convidados participaram das atividades.
Na abertura, o diretor das Promotorias de Justiça de São José de Ribamar, Emmanuel Guterres Soares, deu as boas-vindas aos presentes e prestou homenagens às mulheres. “Desejo a todas vocês, nesse dia que simboliza o mês, que simboliza vocês – na verdade, vocês são importantes o ano inteiro -, que sejam cada vez mais felizes e conscientes dos seus direitos, das suas responsabilidades e que sejam cada vez mais respeitadas pela sociedade”, destacou o promotor de justiça.

Em seguida, o presidente da Associação do Ministério Público do Estado do Maranhão (Ampem), Carlos Augusto Soares, ressaltou as conquistas das mulheres nos tempos atuais. “Nós estamos em um século muito interessante do ponto de vista da evolução do ser humano. Eu diria que é um século muito feminino, cheio de desafios. E dizem alguns especialistas que a globalização é feminina e que o Brasil é um dos países que mais se afina com esse processo em todos os sentidos. E o Brasil é feminino justamente por essa capacidade de, apesar de todos os pesares, avançar”.
A defensora pública estadual Lindevânia Martins agradeceu o convite para participar da atividade. “Hoje é um dia para homenagear as mulheres. Acho importante que a gente pense no protagonismo feminino, para pensarmos sobre o mundo em que vivemos e de que modo a gente se coloca nele e coloca as nossas questões. Então, para mim é uma alegria imensa e um prazer estar com vocês”, destacou.

Por fim, a ouvidora do MPMA, Sandra Elouf, que representou o procurador-geral de justiça, Danilo de Castro, também ressaltou as qualidades e singularidades da mulher. “Falar sobre mulher eu não vou porque eu gosto do mistério. Deixa os homens falarem. Afinal, nós somos o mistério. E nessa seara às vezes nem a gente mesmo se compreende. Então, deixo para os mais catedráticos falarem. Estou aqui para ouvir, para beber desses ensinamentos”, afirmou a procuradora de justiça.
ATIVIDADES
Abrindo as atividades, o promotor de justiça José Márcio Maia Alves apresentou uma passagem da bíblia sobre o encontro de Jesus com as irmãs Marta e Maria, refletindo sobre o cuidado com as mulheres e os ensinamentos de Cristo. “Então, que nosso Senhor Jesus Cristo, através das mulheres, sempre nos instigue, nos estimule a aprender a chorar e a agradecer para que a gente também, com a nossa parcela de contribuição, consiga construir, botar um tijolinho na construção do reino de Deus aqui nesta terra. Parabéns às mulheres”, disse.

A advogada Thanielly Rocha proferiu a palestra “De mulher para mulher: da força à sensibilidade de único ser”, destacando a disposição, dedicação e resiliência das mulheres. “Lá atrás, imperava a sociedade patriarcal. O homem tinha o domínio, inclusive sobre as mulheres. Então, foram muitas lutas para a gente chegar onde chegou e conquistar o nosso espaço, os nossos direitos, embora o machismo ainda exista”.
Dando continuidade, a promotora de justiça, titular de São José de Ribamar, Flávia Valéria Nava Silva, discorreu sobre o tema “Da era das deusas à era da inteligência artificial”. A representante do MPMA destacou que em algum momento da humanidade a sociedade foi matriarcal, conforme demonstra a mitologia greco-romana. “Houve um momento em que o patriarcado se instalou. Para entender o nosso momento em que continuamos a lutar, temos que compreender que nenhum estado democrático de direito, nenhum estado constitucional é permanente. É um estado de luta constante”, ressaltou.

Encerrando a programação, a defensora pública estadual e escritora Lindevânia Martins apresentou o tema “Mulher: autocuidado e alegria como revolução”. Em um dos momentos da exposição, ela tratou da desigualdade imposta pela sociedade machista às mulheres. “As formas de poder são masculinas. Há uma ideia equivocada de que a mulher é fraca e passiva. A gente teria menos poder intelectual e menos poder sobre nossos corpos. Isso, é uma hierarquia dentro de uma estrutura social moldada pelos homens. Às vezes, a gente internaliza essa desigualdade. É uma violência estrutural. Isso nos afeta muito, porque afeta a nossa autoestima”.
Redação: CCOM-MPMA