A nova edição, revista e ampliada, do livro “Celso Magalhães – um perfil biográfico”, escrito pelo promotor de justiça Washington Cantanhêde, foi lançada recentemente pelo Ministério Público do Maranhão. Esta segunda versão traz uma abordagem ampliada da trajetória do patrono do MPMA e é publicada pelo Programa Memória da instituição.
Embora não tenha sido realizado um lançamento oficial, a segunda edição da biografia foi distribuída a palestrantes e membros do MPMA durante o XIV Congresso Estadual do MPMA, realizado de 11 a 13 de dezembro. A publicação também será encaminhada às bibliotecas e instituições públicas e privadas de São Luís.
Como resultado de um concurso de monografias promovido pela Associação do Ministério Público do Estado do Maranhão (Ampem), a primeira versão do livro havia sido lançada em 2001.
Nascido na cidade de Viana, o promotor público (antiga denominação do cargo de promotor de justiça) Celso Magalhães (1849-1879) se tornou célebre por ter atuado no processo do “crime da Baronesa de Grajaú”, que transcorreu entre os anos de 1876 e 1877 e levou a júri popular Anna Rosa Viana Ribeiro, acusada de ser responsável pela morte do menino Inocêncio, uma criança escravizada.
“Com o esgotamento da tiragem, eu vi a necessidade de uma nova edição, porque no âmbito do Programa Memória do MPMA as pesquisas sobre Celso Magalhães avançaram. Inclusive, os autos originais do processo da baronesa vieram, em 2009, para os arquivos do Ministério Público e foram transcritos e publicados numa edição luxuosa”, comentou Washington Cantanhêde.
Com 193 páginas, rico em ilustrações coloridas e em registros de documentos da época, “Celso Magalhães – um perfil biográfico” é prefaciado pelo desembargador Lourival Serejo, atual presidente da Academia Maranhense de Letras e traz, ainda, um estudo complementar assinado pelo promotor de justiça Cláudio Frazão, que encerra o livro.
“Esta nova edição avança principalmente na análise da atuação jurídica de Celso Magalhães e nos contornos do fato que deu origem ao referido processo. Já a parte literária, o que tinha na primeira edição continua nesta nova”, completou o autor.
Washington Cantanhêde também ressaltou que o relançamento da biografia é importante para reafirmar a ampla, avançada e importante atuação de Celso Magalhães na época. “Celso era abolicionista praticamente desde a adolescência. Ele entendia a escravidão como uma mancha que deveria ser apagada da realidade nacional, da história do Brasil”, enfatizou.
Redação: CCOM-MPMA