Em reunião da Comissão de Gestão Ambiental do Ministério Público do Maranhão realizada nesta quarta-feira, 9, foram realizadas duas palestras com o tema “Alfabetização ambiental e Agenda 2030”. Os palestrantes foram a professora Ariadne Enes Rocha, assessora-chefe da Assessoria Especializada na Articulação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), e o vice-presidente do Conselho Estadual de Educação, Roberto Mauro Gurgel.
Na abertura dos trabalhos, a procuradora de justiça Mariléa Campos dos Santos Costa, presidente da Comissão, destacou a importância do trabalho desenvolvido e a participação de todos os setores que compõem a estrutura da Procuradoria Geral de Justiça. Mariléa Costa também agradeceu à Escola Superior do Ministério Público (ESMP), cuja parceria possibilitou a presença dos palestrantes desta quarta-feira.
A promotora de justiça auxiliar da ESMP, Elyjeane Alves de Carvalho, parabenizou o trabalho desenvolvido pela Comissão de Gestão Ambiental e enfatizou a relevância dos temas discutidos para a sobrevivência do planeta.
Durante a reunião também houve a celebração dos aniversariantes do quadrimestre integrantes da Comissão.
PALESTRA
A professora Ariadne Rocha afirmou que a alfabetização ecológica é um processo que precisa acontecer em todos os níveis de escolaridade. “A sensibilização e conscientização precisam acontecer em todo o processo formativo”, enfatizou.
Segundo a palestrante, o processo de discussão e reflexão sobre as pautas de sustentabilidade teve início na década de 1960. Em uma linha do tempo, Ariadne Rocha destacou momentos como a Eco 92, que lançou a Agenda 21, a Cúpula do Milênio, realizada no ano 2000 e a criação, em 2015, da Agenda 2030, que definiu objetivos de desenvolvimento sustentável. “Pela primeira vez, essa elaboração passou pela consulta à população mais vulnerável”, pontuou.
A Agenda 2030 tem por base 5 Ps: Pessoas, Planeta, Prosperidade, Paz e Parcerias. Além disso, os 17 objetivos – que se subdividem em metas – são tratados em quatro dimensões: social, ambiental, econômica e institucional.
“Nesse contexto, a alfabetização ecológica é um elemento de educação transformadora. É preciso que a população conheça a natureza e entenda o ciclo de impactos ambientais”, afirmou Ariadne Rocha.
Roberto Mauro Gurgel afirmou que em meio à crise ambiental vivida pelo planeta, a educação ambiental precisa ser uma prioridade. “A educação ambiental é imprescindível, e pode ser inserida nos currículos de forma interdisciplinar”, comentou.
O vice-presidente do Conselho Estadual de Educação também compõe o Fórum de Educação Ambiental do Maranhão e destacou algumas iniciativas, como os encontros estaduais realizados a cada quatro anos. Em 2023, o trabalho está focado na perspectiva da mudança climática. Outra iniciativa em desenvolvimento é o plantio de um milhão de árvores.
De acordo com Roberto Gurgel, o trabalho de alfabetização ecológica desenvolvido pelo Fórum, regido pelas perspectivas da ecologia integral e da pedagogia de Paulo Freire, está aberto a contribuições. “Contamos com as observações e sugestões de todos do Ministério Público, que é um importante parceiro, para que possamos avançar cada vez mais”, afirmou.
Redação: Rodrigo Freitas (CCOM-MPMA)
Fotos: Larissa Ribeiro (CCOM-MPMA)