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Com uma palestra ministrada pela promotora de justiça Selma Martins, titular da 2ª Promotoria de Justiça Especializada na Defesa da Mulher de São Luís, foi encerrada nesta quinta-feira, 11, na sede das Promotorias de Justiça da Capital, a primeira edição do Grupo Reflexivo para homens em 2024.
A iniciativa do Ministério Público do Maranhão dá cumprimento a dispositivo da Lei Maria da Penha, que prevê, em casos de violência doméstica contra a mulher, que a justiça deverá determinar o comparecimento obrigatório do agressor a programas de recuperação e reeducação.
Iniciado no final do mês de abril, o grupo, que contou com 24 participantes, teve 10 encontros. Em cada reunião, foi abordada uma temática diferente, sempre sob a condução de profissionais voluntários convidados, como psicólogos, juízes e médicos. Foram tratados de assuntos como: saúde e defesa do homem; alienação parental; compulsões de todos os tipos; dependência química; direitos humanos para mulheres; Lei Maria da Penha, entre outros.
No encerramento, os participantes deram testemunhos sobre a importância das reflexões e as mudanças de comportamento que conseguiram em suas vidas. Alguns até se disponibilizaram a atuar como voluntários nos próximos grupos que vierem a ser formados.
Um deles, que não quis se identificar, declarou que depois que começou a participar das reuniões do grupo parou de beber e se diz transformado. “Foi a melhor coisa que me aconteceu. Agora sou do AA (Alcoólicos Anônimos). Eu quero falar da minha experiência e dos benefícios que recebemos a partir das reflexões feitas aqui”, afirmou.
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Desde que foi criado em 2020, 300 homens já passaram pelo Grupo Reflexivo. De acordo com a promotora Selma Martins, até agora é praticamente zero o índice de reincidência entre os participantes.
“O que eles aprendem aqui serve pro resto da vida, tanto que o índice de reincidência é mínimo. Muitos até sentem falta do que vivenciam quando o grupo encerra. Alguns se tornam voluntários, ou retornam para dar notícias de que estão bem, com novos relacionamentos, que não são mais agressores. Eles passam a ser multiplicadores, nos locais de trabalho, nas igrejas”, relata.
Redação e fotos: CCOM-MPMA