https://www.mpma.mp.br
Ir para o conteúdo Ir para o menu Ir para o rodapé Redireciona o usuário para a página inicial Redireciona o usuário para a página de acessibilidade

Notícias

SÃO LUÍS – MPMA realiza oficina no Dia Estadual de Combate ao Feminicídio

Publicado em 13/11/2023 15:15 - Última atualização em 13/11/2023 15:15

Oficina marcou Dia de Combate ao Feminicídio

O Ministério Público do Maranhão realizou, na manhã desta segunda-feira, 13, no auditório do Centro Cultural de Administrativo da instituição, uma oficina alusiva ao Dia Estadual de Combate ao Feminicídio. A iniciativa das Promotorias de Justiça de Defesa da Mulher de São Luís teve o apoio da Associação do Ministério Público do Estado do Maranhão (Ampem), Defensoria Pública, Tribunal de Justiça, Núcleo de Atendimento às Vítimas (NAV), Polícia Militar e Projeto Somos Todos Marianas.

Kazumy Tanaka representou a Polícia Civil

Na abertura do evento, feito pela promotora de justiça Selma Regina Souza Martins, a coordenadora das Delegacias da Mulher, Kazumy Tanaka, reforçou a importância da data no trabalho de combate ao feminicídio, que é o ápice da violência contra a mulher. A delegada enfatizou que os estudantes presentes são importantes para uma transformação na sociedade a partir de uma mudança de visão sobre as relações construídas todos os dias.

Lúcia Helena Heluy enfocou reflexos da violência às famílias

A juíza da 2ª Vara da Mulher de São Luís, Lúcia Helena Barros Heluy, lembrou outras datas importantes de enfrentamento à violência contra a mulher e observou os danos trazidos às famílias por esse tipo de violência. “Precisamos, cada vez mais, refletir e unir forças no enfrentamento à violência contra as mulheres e meninas”, reforçou.

Presidente da Ampem destacou trabalho de proteção

O presidente da Ampem, Gilberto Câmara França Júnior, destacou o trabalho de defesa da mulher desenvolvido pelo Ministério Público do Maranhão e instituições parceiras. “Toda essa equipe que está aqui desenvolve um trabalho de primeiro mundo. Elas são a barreira intransponível para o feminicídio, pois as mulheres atendidas pelas medidas protetivas efetivamente se salvaram do ápice dessa violência”.

Também compuseram o dispositivo de honra da solenidade a ouvidora da Defensoria Pública do Estado, Fabíola Diniz; a diretora de Segurança Institucional da Defensoria Pública, coronel Augusta; ouvidora da Comissão da Mulher da OAB-MA, Maria Ribamar Cardoso; a coordenadora da Secretaria Municipal da Mulher, Luzimar Lopes; e a presidente do Projeto Somos Todos Marianas, Carol Costa.

Estudantes participaram da Oficina

OFICINA

A titular da 3ª Promotoria de Justiça de Defesa da Mulher de São Luís, Selma Martins, também enfatizou a importância do trabalho em rede e destacou as várias formas disponíveis para que as mulheres solicitem medidas protetivas, como os canais disponibilizados pela Polícia Civil, Tribunal de Justiça e pelo próprio Ministério Público do Maranhão.

Selma Martins apresentou canais de denúncia para mulheres

De acordo com a promotora de justiça, no período de janeiro a outubro de 2023, houve uma redução de 32,7% no número de feminicídios no estado em relação ao mesmo período do ano passado. Para ela, isso é resultado do trabalho que vem sendo desenvolvido, em especial na expedição de medidas protetivas de urgência, que giram em torno de 400 por mês.

Selma Martins apresentou e explicou os campos do formulário disponibilizado no site do Ministério Público do Maranhão, como parte do projeto Medida Protetiva de Urgência Salva Vidas. De acordo com a titular da 3ª Promotoria de Justiça de Defesa da Mulher de São Luís, além de ser um canal de acesso fácil para mulheres em situação de vulnerabilidade, o sistema – que inclui o Formulário Nacional de Avaliação de Risco – permite a coleta de dados que podem embasar políticas públicas.

A promotora de justiça também falou sobre o funcionamento do Núcleo de Apoio às Vítimas (NAV) e sobre os grupos reflexivos para mulheres, bem como sobre a caminhada que será realizada em 20 de novembro, com concentração às 8h na Praça Deodoro.

Paulo Avelar enfatizou importância dos estudantes

Também presente à Oficina, o titular da 1ª Promotoria de Justiça de Defesa da Educação de São Luís, Paulo Silvestre Avelar Silva, parabenizou as instituições presentes pela iniciativa e enfatizou a importância do trabalho de conscientização a respeito da violência de gênero. Paulo Avelar também destacou a presença dos estudantes, que podem atuar como difusores de informações em suas comunidades.

TESTEMUNHOS

Carol Costa e Girlene Araújo deram depoimentos

A presidente do Projeto Somos Todos Marianas, Carol Costa, falou sobre o feminicídio de sua irmã, Mariana Costa, ocorrido há sete anos. “Até então, eu conhecia o feminicídio apenas por ouvir falar”, contou. Para Carol Costa, o 13 de novembro precisa ser um dia de reflexão e de reação na luta por leis e políticas públicas de defesa das vítimas.

Outro depoimento foi dado por Girlene Araújo, vítima de uma tentativa de feminicídio praticada pelo seu ex-companheiro há cinco anos. Anos após a separação, Girlene passou a ser perseguida pelo ex-marido, que queria retomar a relação. Essa situação chegou ao extremo quando ele a atacou com 18 facadas, só parando quando ela conseguiu tomar a faca de suas mãos. Desde então, ela já passou por sete cirurgias em decorrência do ataque.

Instituições da rede de proteção se manifestaram

Representantes de instituições que fazem parte da rede de proteção às mulheres, como a Defensoria Pública do Estado do Maranhão, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MA) e Secretaria Municipal da Mulher também fizeram falas em alusão ao Dia Estadual de Combate ao Feminicídio.

Redação: CCOM-MPMA