A Promotoria Distrital da Cidadania da Zona Rural de São Luís realizou, na manhã desta quarta-feira, 3, uma audiência pública para receber demandas da comunidade de Estiva. O evento, coordenado pelo promotor de justiça Albert Lages Mendes, foi realizado no Centro de Ensino Salim Braid.
Na abertura dos trabalhos, o titular da Promotoria Distrital da Zona Rural falou sobre o objetivo dessas Promotorias, criadas para aproximar o Ministério Público das comunidades e garantir a cidadania de todos. Albert Lages destacou que essa foi a terceira audiência pública realizada na Zona Rural, chegando a diferentes comunidades, sempre com o objetivo de colher as demandas sociais e buscar soluções para os problemas.
O subprefeito da Zona Rural, João Francisco Leitão, que assumiu o cargo recentemente, explicou que a Subprefeitura é um canal entre a população e Prefeitura e Secretarias Municipais. João Francisco Leitão ressaltou, ainda, que as demandas podem ser levadas por todos os moradores e não apenas por lideranças das comunidades.
Também compuseram a mesa de abertura da audiência a secretária municipal de Agricultura, Pesca e Abastecimento, Alessandra Pontes, Eduardo Lobato Vale (chefe da Delegacia da Polícia Rodoviária Federal), Patrícia Raquel Caldas (chefe da Assessoria Pedagógica da Secretaria Municipal de Educação), Flávia Ramos (chefe da assessoria jurídica da Secretaria Municipal de Saúde), Renato Barbosa (delegado da Polícia Civil), Augusto Prazeres (representante da Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos) e o major Cleiton Ferreira (Polícia Militar).
DEMANDAS
Os problemas apresentados pelos moradores da Zona Rural de São Luís envolvem várias áreas, como infraestrutura de ruas, transporte público, saúde e educação. João Santos Gonçalves, presidente da União de Moradores do São Bruno, pediu a pavimentação da via de acesso ao bairro e a instalação de abrigos nos pontos de ônibus. Outro ponto levantado foi a falta de iluminação pública na comunidade.
Já a co-vereadora Raimunda Oliveira, do Coletivo Nós, moradora da comunidade Matinha – Maracanã cobrou melhorias na estrada do Porto Grande, que dá acesso a várias comunidades da região, e do Quilombo Andirobal. Ela também afirmou que uma creche no Recanto Verde, inaugurada em fevereiro deste ano, ainda não teve as matrículas abertas.
Simplício Amorim, presidente da Associação de Moradores de Matinha, falou em nome dos produtores rurais da região e cobrou a existência de vias de escoamento da produção para feiras e pontos de apoio. O morador também questionou a respeito de uma fábrica para a produção de polpa de frutas no Quebra Pote, inaugurada mas ainda sem funcionamento.
Para a moradora de Alegria – Maracanã Raimunda Ferraz, é urgente a construção de escolas nos residenciais Amendoeira, Santo Antônio e Morada do Sol. Além disso, há problemas no transporte escolar para os alunos que moram no Residencial Ribeira e precisam se deslocar para escolas em outros bairros. Ela pediu, ainda, que sejam disponibilizadas especialidades médicas nas unidades de saúde da Zona Rural, bem como soro antiofídico.
A questão dos transportes foi o foco de Adelina Ferraz, moradora do mesmo bairro e presidente da associação de moradores. Ela cobrou a disponibilização de transporte público para os estudantes do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFMA) e de ônibus mais novos nas linhas que servem a região. Além disso, ela cobrou sinalização na avenida principal do Maracanã e que o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes altere o atual “retorno do Maracanã”, na BR-135, onde são constantes os acidentes.
Redação: CCOM-MPMA